Outubro Rosa destaca importância da conscientização sobre câncer de mama
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O
movimento, que surgiu nos anos 90 na primeira Corrida pela Cura, realizada em
Nova York (EUA), ganhou âmbito mundial, tendo diversos monumentos ganhando a
cor rosa associada à luta e cura da doença.
“O movimento ajuda a
conscientizar as mulheres acerca da prevenção e do diagnóstico precoce do
câncer de mama e também a desmistificação da doença, pois quanto mais falamos,
mais sabemos lidar e mais encontramos apoio”, ressalta Bruna Pegorreti Rosa,
médica oncologista da Evidências – Kantar Health.
Fatores de Risco
O câncer de mama não tem uma causa única.
Diversos fatores estão relacionados ao aumento do risco de desenvolver a
doença, tais como: idade, fatores endócrinos/história reprodutiva, fatores
comportamentais/ambientais e fatores genéticos/hereditários.
A idade, assim como em vários outros tipos de
câncer, é um dos principais fatores que aumentam o risco de se desenvolver
câncer de mama. O acúmulo de exposições ao longo da vida e as próprias
alterações biológicas com o envelhecimento aumentam o risco. Mulheres mais
velhas, sobretudo a partir dos 50 anos, são mais propensas a desenvolver a
doença.
Fatores endócrinos ou relativos à história
reprodutiva - Referem-se ao estímulo do hormônio estrogênio produzido pelo
próprio organismo ou consumido por meio do uso continuado de substâncias com
esse hormônio. Esses fatores incluem: história de menarca precoce (idade da
primeira menstruação menor que 12 anos); menopausa tardia (após os 55 anos);
primeira gravidez após os 30 anos; nuliparidade (não ter tido filhos); e uso de
contraceptivos orais e de terapia de reposição hormonal pós-menopausa,
especialmente se por tempo prolongado.O uso de contraceptivos orais também é
considerado um fator de risco pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer
(Iarc) da Organização Mundial da Saúde (OMS), embora muitos estudos sobre o
tema tenham resultados controversos
Fatores relacionados a comportamentos ou ao
ambiente - Incluem ingestão de bebida alcoólica, sobrepeso e obesidade após a
menopausa e exposição à radiação ionizante (tipo de radiação presente na
radioterapia e em exames de imagem como raios X, mamografia e tomografia
computadorizada). O tabagismo é um fator que vem sendo estudado ao longo dos
anos, com resultados contraditórios quanto ao aumento do risco de câncer de
mama. Atualmente há alguma evidência de que ele aumenta também o risco desse
tipo de câncer.
O risco devido à radiação ionizante é
proporcional à dose e à frequência. Doses altas ou moderadas de radiação
ionizante (como as que ocorrem nas mulheres expostas a tratamento de
radioterapia no tórax em idade jovem) ou mesmo doses baixas e frequentes (como
as que ocorrem em mulheres expostas a dezenas de exames de mamografia) aumentam
o risco de desenvolvimento do câncer de mama.
Fatores genéticos/hereditários - Estão
relacionados à presença de mutações em determinados genes transmitidos na
família, especialmente BRCA1 e BRCA2. Mulheres com histórico de casos de câncer
de mama em familiares consanguíneos, sobretudo em idade jovem; de câncer de
ovário ou de câncer de mama em homem, podem ter predisposição genética e são
consideradas de risco elevado para a doença.
fontes: